terça-feira, fevereiro 24, 2009

Invasão ao AlvaLidl (Crónica)





Os dias que antecederam este derby, foram rodeados de polémica. Os bilhetes que nos tinham confinado, foram-nos retira-nos a umas escassas horas do jogo. Admito que nesse dia quase não dormi a pensar que não poderia estar presente. Mesmo assim, no dia partimos em direcção a Lisboa, com uma hora de atraso. Fora as preocupações que já tínhamos, junta-mos mais uma, a lotação do autocarro tinha sido diminuída por parte dos gerentes daquela agência. Muitas pessoas foram de pé, devido a negligência de certas pessoas. Só passado uma hora de arrancarmos, é que recebemos a feliz notícia, que teríamos direito aos nossos queridos bilhetes. Pelo caminho fomos parando em algumas estações de serviço, que de imediato foram-nos barradas. Impediram-nos de as usarmos, como de vândalos se tratasse. Exigimos respostas ao sucedido, mas apenas levamos com consequentes reforços de autoridade. Nunca tínhamos sido tratados desta maneira. Deixa-me um pouco indignado, e magoado, a forma como somos tratados pela sociedade. Criticas a parte, chegamos a Lisboa na hora prevista. A euforia deu-se com a tão aguardada chegada a nossa casa, com o pessoal em cima do autocarro. Por volta das 18h partimos rumo a Alvalade. O percurso foi sempre feito a uma velocidade considerável “boa”, para o que estamos habituados. Algumas tochas foram abertas aquando da nossa passagem. Os cânticos sempre foram uma constante. A nossa espera os Lagartos apenas nos dirigiram alguns cânticos que eles tão adoram. A entrada não foi nada pacifica, muita bastonada, mas com mais ou menos pressa lá fomos entrando. Foram compostas as partes inferiores e superiores, reservadas aos visitantes. Estariam cerca de 3000 Benfiquistas. A entrada das equipas abriram-se algumas tochas. De referir o arremesso de um “very-light” por parte dos “divertidos”, nada de grave ocorreu porque o objecto bateu na cobertura do estádio e caiu apenas com o efeito da gravidade. Poderia ter acontecido algo de grave e no entanto nada foi feito pelas autoridades! Depois admiram-se das represálias e afins. O Benfica entra em campo, e é aberta uma tarja que diz: “AMO-TE BENFICA”, penso que nem mais será preciso ser dito. O jogo começou com uma clara superioridade Benfiquista. O apoio foi sempre dado a uma só voz. O Sporting marca cedo, mas não esmorecemos, e nisso que marcamos a diferença. O Benfica faz o empate, e impõem justiça no resultado até então. A segunda parte foi muito mal jogada pelo Benfica, e o 3-2 final não espanta ninguém. O jogo termina, os jogadores fazem a habitual recuperação de esforço, e são de imediato louvados por cânticos entusiastas, se calhar não merecem, mas aquele emblema sim. O Rui Costa brinda-nos com uma saudação, para quem de imediato é louvado, “e salta Rui, e salta Rui olé…”; E não é que ele salta mesmo! Adoramos-te por isso, nunca mudes, muda é a esses dirigentes. Mais respeito pelos adeptos, pois nós somos a verdadeira essência da alma Benfiquista. A caminhada de volta deu-se com a maior naturalidade. Dirigimo-nos para Norte, cansados, mas com o dever cumprido. Agradecemos a todos aqueles que fizeram com que fosse possível esta transferta.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Bilhete+Bus=35 euros, mais novidades brevemente, fica atento.

Reservas até terça-feira, através dos números habituais, ou junto do chefe de cada núcleo.
Não te atrases nas reservas, e não inventes desculpas.
Mais Info: ultrasdvnorte@gmail.com

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

"Uma Transferta dos Diabos"


"O dia começou cinzento, o ambiente carregado com a ressaca do dia anterior. Mas toca a levantar, é dia de clássico. Não sou desses de ir apenas aos jogos grandes, vou quando posso, mas quando não vou, custa-me imenso ver pela televisão, e sentir que estou longe do meu Benfica. Hoje sinto-me diferente, há algo que me enche de adrenalina. A concentração fez-se cedo para fortalecer os laços entre a família do Norte, pois este é o nosso primeiro jogo, após o ressurgimento dos D.V Norte. No local combinado já esperavam umas boas dezenas de camaradas, juntei-me a eles. Como é habito, alguns atrasos a mistura, lá fomos pondo a conversa em dia, e tirando algumas fotos para a prosperidade.” Acho que estamos todos”, disse alguém, -“ borá lá para a estação”. Chegados a estação já nos esperando outros tantos, cerca de duas centenas seriamos. Bom numero, que nem sempre é sinónimo de qualidade, mas aqui isso não se aplica. Com muito álcool a mistura, os comboios chegam e são invadidos pelas gentes do Norte, a euforia transborda, e os cânticos intensificam-se com a proximidade da dita cidade “inbicta”. Vão esvaziando as carruagens, e dá-se a concentração dos Ultras Benfica, mesmo em frente a estação, a nossa espera está um contingente impressionante de p.s.p. Espera-se pela última carruagem, e estamos todos. Fosse eu ingénuo diria que o percurso estaria a ser muito demorado, o que em situações normais se fazia em 20 minutos, demorou a volta de uma hora. Pelo cominho as habituais bocas, confesso que maior parte não entendi, será que estamos realmente em terras Lusas? Não parece…

Chegados ao Dragum, assistimos ao que todos sabem, e acho que aqui já foi referenciado, e bem, alguns actos do sucedido, embora não estejam todos. Começo a estar um pouco farto disto, só tenho receio, é que algum dia faça algo, de que me venha arrepender para toda a vida. Fui mandado para outra porta, eu e mais uns quantos, e sou interceptado por uma mulher para tirar as sapatilhas, o meu grupo exalta-se perante aquilo, e furou a barreira das revistas, penso que só o conseguimos por sermos dos últimos. Entramos no estádio por volta dos 40 minutos de jogo. Foi abrir a bandeira e gritar golo, o sector visitante vem abaixo, muito fumo a mistura (parece que não viram tudo seus cães raivosos), mesmo acabar a primeira parte. Era o prémio merecido, depois daquela espera. Só no intervalo consegui realmente fazer a retrospectiva dos presentes, sempre fui mau a estatística, mas arriscaria num número superior a 2500. O nível vocal foi sempre muito bom, muitas vezes todos a uma só voz, magnifico, parecia que jogávamos em casa. Quanto ao pouco que vi do jogo, achei que foi bem disputado, sem grandes casos, tirando claro o penalti, para mim isso não é um caso, mas sim um absurdo. O Porto empata como toda a gente sabe, e o resultado mantêm-se até ao fim. Não digo que o empate seja injusto, o que é injusto é perder dois pontos desta forma. A habitual “hora da espera”, foi passada a recordar velhas caras, companheiros a muito não vistos, etc… A ida para Campanhã, por muito espanto que cause a todos, foi feita a boa velocidade, ou não estariam eles já mortinhos para ir para a beira dos seus. O regresso foi tranquilo, salvo uma ou outra pedra que era atirada por alguns covardes. A manhã seguinte foi muito puxada, visto as lindas horas a que todos chegamos a casa. Como se costuma dizer: a primeira vez é sempre inesquecível. Bom mote para todos, vamos ver se a mentalidade se mantém."