Para quem tinha expectativas legítimas de ver um Benfica dominador frente a uma equipa recém-promovida os propósitos esfumaram-se à passagem dos 25 minutos quando Carlos Martins foi obrigado a sair por lesão. O médio português estava a ser o melhor jogador em campo, o mais perigoso a par de Urreta, contabilizando nesse curto espaço mais remates do que Cardozo em todo o jogo. Reviveram-se hoje os fantasmas do passado, com uma equipa demasiado receosa, sempre com medo do seu adversário e de sofrer um golo do qual já não conseguisse recuperar. Tivemos o pior Cardozo deste ano, lento e apático, a fazer lembrar alguns jogos do último ano de má memória. Ruben Amorim voltou a dar razão aos mais cépticos que não acreditam que possa ser titular nesta equipa. Uma defesa demasiadamente nervosa e lenta, onde apenas a raça de Léo destoou pela positiva. Aimar subiu um pouco de produção na segunda parte mas não conseguiu arrastar a equipa, como seria expectável num jogador com os seus atributos. Balboa entrou bem no jogo. Este Benfica que vimos em Vila do Conde necessita de classe, experiência e velocidade. Há demasiadas lacunas que vêm à superfície assim que se entra na competição a sério. Perdemos dois pontos e, muito pior do que isso, mostrámos demasiadas debilidades na véspera de um encontro de crucial importância para nós. Tivemos hoje uma clara demonstração que ainda há muito por fazer nesta equipa. Em termos de grupos, muito abaixo das espectativas, era de prever que a boa adesão de publico fosse favoravel, mas como no ano passado, as pessoas aproveitam-se dos preços dos bilhetes, para irem aos jogos, falta claramente alguem que puxe pela curva, numca se sabe ao certo onde se encontra os Diabos na bancada, pois eles espalham-se todos, forma clara de se ver a desunião no grupo. Voltamos aonde ficamos no ano passado. Penso que não sou eu o unico a ver isso.
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